Resistências de setores econômicos, desigualdades regionais, sobrecarga dos impostos sobre o consumo e discussões políticas entre governo e oposição são alguns dos desafios para a aprovação da reforma tributária no Congresso Nacional. Para falar sobre o atual estado das discussões, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou o coordenador do grupo de trabalho da reforma, deputado federal Reginaldo Lopes (PT).
O parlamentar busca apoio da oposição ao governo e acredita que os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados são importantes para fortalecer a aprovação da reforma, apesar do governo ter dificuldades de formar uma base sólida no Congresso: “Evidente que não podemos errar agora, a gente está acertando nesse ponto de partida, conversando com todos os setores, abrindo mesas de convergência e dialogando.
O presidente Arthur Lira é um dos mais entusiastas da reforma. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também. Então, eles poderão nos ajudar muito nessa construção dessa maioria na Câmara e no Senado pró-reforma. É possível sim a gente construir, até a terceira semana de maio, esta maioria para aprovação da reforma tributária”.
“O governo está buscando formar uma base de governabilidade. Eu acredito que daqui a dois ou três meses o governo vai ter passado por vários testes. Eu acredito que até lá ele terá maioria para votar as suas matérias. Agora, a matéria tributária extrapola essa questão de governo e oposição. Se a gente conseguir unificar os entes federados, e hoje eles estão com disposição federativa para fazer a reforma.
Se a gente continuar acertando e dialogando com todos os setores econômicos, que até agora têm se manifestado favoráveis à reforma tributária, ressalvados os destaques, tem ali algumas reivindicações e pontos de dissenso. Também se a gente conseguir conversar muito com o povo brasileiro, mostrando que quem paga imposto sobre consumo são os mais pobres e que eles terão os seus recursos devolvidos. Pela primeira vez um cidadão vai comprar um produto e receber automaticamente de volta com cashback ou outro mecanismo, eu acredito que a gente vai construir essa vontade”, projetou.