O empresário Antônio Fernando Ribeiro Pereira analisa que o avanço do e-governo no Brasil tem contribuído significativamente para a consolidação da cidadania digital. Com a digitalização dos serviços públicos, o país passou a oferecer plataformas mais acessíveis, como o Gov.br, permitindo ao cidadão resolver diversas demandas sem sair de casa. Entretanto, a distância entre o potencial da tecnologia e a efetiva inclusão digital ainda é grande, comprometendo a plenitude da cidadania digital.
E-governo e cidadania digital: o que significam na prática
Para entender o cenário atual, é necessário compreender os conceitos. O e-governo refere-se à aplicação das tecnologias da informação na gestão pública, para melhorar a eficiência e a transparência dos serviços. Já a cidadania digital envolve o direito de todos os cidadãos ao acesso à internet e à informação, bem como à participação digital nos processos democráticos. Nesse contexto, Antônio Fernando Ribeiro Pereira frisa que o progresso de um depende diretamente do fortalecimento do outro.
De fato, iniciativas como a digitalização do CPF, da carteira de trabalho e do título de eleitor representam avanços importantes. Ainda assim, a cidadania digital plena exige que todos os brasileiros tenham acesso à internet de qualidade, educação digital e compreensão das ferramentas tecnológicas.
Avanços já conquistados pelo Brasil no e-governo
Nos últimos anos, o Brasil evoluiu significativamente em termos de governança digital. O portal Gov.br centralizou mais de 4 mil serviços públicos digitais, ampliando a transparência e reduzindo a burocracia. O uso de inteligência artificial e automação tem proporcionado maior eficiência em processos internos da administração pública. De acordo com Antônio Fernando Ribeiro Pereira, essas medidas modernizam o Estado e aproximam o governo do cidadão.

Ademais, o país passou a integrar rankings internacionais de governo digital, como o índice da ONU de E-Government Development. Esses reconhecimentos demonstram que o Brasil está no caminho certo. Mas, apesar da infraestrutura tecnológica em crescimento, ainda há um descompasso entre a oferta dos serviços digitais e a capacidade da população de utilizá-los com autonomia.
Desafios que ainda impedem a cidadania digital plena
Apesar dos avanços, persistem gargalos que dificultam a consolidação da cidadania digital. A exclusão digital ainda afeta milhões de brasileiros, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. A falta de infraestrutura, como cobertura de internet e dispositivos adequados, limita o acesso a serviços públicos online. Antônio Fernando Ribeiro Pereira comenta que a democratização da tecnologia é condição essencial para garantir a inclusão digital e, consequentemente, o exercício pleno da cidadania.
A educação digital é outro fator crítico nesse processo. Muitos cidadãos não dominam as ferramentas básicas para navegar por plataformas governamentais, dificultando sua autonomia na utilização dos serviços. Campanhas educativas, políticas públicas de capacitação e parcerias com o setor privado são medidas que podem ampliar o alcance e a efetividade dessas ações.
O que o Brasil precisa evoluir para consolidar a cidadania digital
Para avançar, o Brasil deve investir simultaneamente em infraestrutura e capacitação. A expansão da conectividade, sobretudo em áreas remotas, é indispensável. Além disso, é preciso desenvolver políticas públicas voltadas para a inclusão digital da população mais vulnerável. O desenvolvimento digital do país deve ser inclusivo e equitativo, promovendo oportunidades para todos os brasileiros.
O equilíbrio entre tecnologia de ponta e inclusão social é o maior desafio do Brasil na construção de uma cidadania digital verdadeira. Embora o e-governo tenha se consolidado como ferramenta de eficiência e modernização, sua efetividade depende da inclusão digital ampla. Antônio Fernando Ribeiro Pereira alude à importância de políticas públicas integradas que contemplem infraestrutura, educação e segurança, visando uma transformação digital que chegue a todos.
Autor: Antomines Tok