Conforme o empresário Aldo Vendramin, em um cenário marcado por desigualdades sociais e acesso limitado a alimentos de qualidade, o papel das cooperativas no combate à fome e insegurança alimentar tem ganhado relevância como uma resposta coletiva e sustentável a esse desafio global. As cooperativas atuam de forma organizada, reunindo agricultores, produtores e comunidades para fortalecer a produção local, distribuir alimentos de maneira mais justa e promover o desenvolvimento regional com base na solidariedade.
A seguir, entenda como as cooperativas atuam na prática, de que maneira impactam a segurança alimentar e o que pode ser feito para ampliar ainda mais esse modelo de inclusão e sustentabilidade.
Como o papel das cooperativas no combate à fome e insegurança alimentar se materializa na prática?
Segundo Aldo Vendramin, o papel das cooperativas no combate à fome e insegurança alimentar se concretiza a partir da união de produtores e trabalhadores que compartilham recursos, conhecimento e esforços para produzir e distribuir alimentos de forma eficiente e solidária. As cooperativas agrícolas, por exemplo, organizam a produção de hortaliças, grãos, leite e outros itens básicos, permitindo que pequenos agricultores consigam vender sua produção diretamente para escolas, hospitais, mercados locais e programas governamentais de alimentação.

Em programas como o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), as cooperativas têm papel fundamental ao fornecer itens diretamente para a merenda escolar e estoques públicos. Essa articulação fortalece a produção local e garante que alimentos saudáveis cheguem à mesa de estudantes e famílias em situação de insegurança alimentar. Ou seja, o papel das cooperativas no combate à fome e insegurança alimentar é uma estratégia eficaz para transformar o campo em agente direto de promoção da cidadania.
De que forma as cooperativas contribuem para a segurança alimentar de longo prazo?
A contribuição das cooperativas vai além do atendimento emergencial à fome: elas são essenciais para consolidar a segurança alimentar como um direito estruturado e sustentável. De acordo com o fundador Aldo Vendramin, isso ocorre porque incentivam a produção agroecológica, o respeito ao meio ambiente e o fortalecimento das economias locais. Com práticas sustentáveis e integradas, os alimentos ofertados pelas cooperativas têm maior valor nutricional e menor impacto ambiental, beneficiando toda a cadeia alimentar.
Outro aspecto importante é a capacitação de seus membros. As cooperativas frequentemente promovem cursos, oficinas e ações formativas que empoderam os produtores, principalmente mulheres e jovens rurais. Esse conhecimento técnico e de gestão eleva a qualidade da produção, aumenta a renda familiar e melhora as condições de vida no campo. Assim, os cooperados não apenas produzem mais, mas também se tornam protagonistas na luta contra a insegurança alimentar.
As cooperativas também desempenham papel educativo dentro das comunidades, promovendo hábitos alimentares saudáveis e incentivando a valorização da produção local. A população passa a consumir alimentos de melhor qualidade, compreender o ciclo da produção e reconhecer a importância da origem dos alimentos. Desse modo, como explica Aldo Vendramin, a atuação das cooperativas cria uma cultura alimentar consciente e fortalece a segurança alimentar como um compromisso coletivo de bem-estar.
O que pode ser feito para ampliar o impacto das cooperativas na erradicação da fome?
Para ampliar o papel das cooperativas no combate à fome e insegurança alimentar, é essencial fortalecer políticas públicas que incentivem sua criação e manutenção. Governos municipais, estaduais e federal podem facilitar o acesso ao crédito rural, oferecer capacitações técnicas e ampliar a participação das cooperativas em programas institucionais de compras. Esses incentivos permitem que mais comunidades tenham acesso aos benefícios desse modelo de organização produtiva.
Por fim, como enfatiza o empresário Aldo Vendramin, também é fundamental investir em infraestrutura, especialmente em regiões mais remotas. Armazéns, centros de distribuição, transporte e tecnologia de informação são ferramentas que aumentam a capacidade das cooperativas de operar com eficiência. Quanto mais estruturadas estiverem, maior será sua atuação na cadeia produtiva e mais alimentos poderão ser entregues com regularidade às populações em situação de vulnerabilidade.
Autor: Antomines Tok