Os preços das commodities agrícolas nunca foram tão observados como agora, como menciona o empresário e fundador Aldo Vendramin. Entre oscilações cambiais, eventos climáticos e demandas internacionais, o produtor rural vive em um cenário de alta volatilidade, que exige atenção e planejamento. Portanto, compreender os movimentos do mercado interno e externo é fundamental para garantir rentabilidade e segurança nas decisões do campo.
O Brasil é uma potência agrícola global, mas isso também significa estar sujeito às variações do comércio internacional e aos desafios da economia mundial. Por isso, entender o comportamento das commodities vai muito além de acompanhar cotações, é uma questão estratégica de gestão.
Mas o que influência os preços, taxas e vendas? Venha compreender isso e muito mais neste artigo!

O papel das commodities na economia do agro
As commodities agrícolas são a base da economia rural e exercem impacto direto sobre diversos setores: produção, transporte, exportação e consumo. Soja, milho, café, carne bovina e algodão estão entre os principais produtos que movimentam a balança comercial brasileira e sustentam milhões de empregos.
Segundo o senhor Aldo Vendramin, o sucesso do produtor moderno depende da sua capacidade de ler o mercado e antecipar tendências. Enquanto o mercado externo reage à demanda global, o interno é influenciado por fatores como logística, política fiscal e poder de compra do consumidor. Essa interação determina quanto o produtor vai receber, e quanto o país vai lucrar.
Fatores que influenciam o preço das commodities
O preço das commodities é determinado por uma combinação de fatores econômicos, climáticos e políticos. Entre os principais estão:
- Taxa de câmbio: a valorização ou desvalorização do real frente ao dólar influencia diretamente a competitividade das exportações.
- Oferta e demanda global: o consumo em países importadores como China, EUA e Europa afeta o equilíbrio dos preços.
- Clima e produtividade: secas, enchentes e pragas agrícolas podem reduzir a produção e pressionar o mercado.
- Custos logísticos: transporte, armazenagem e infraestrutura são componentes decisivos da margem de lucro.
O produtor que entende e estuda o ciclo das commodities tem poder de decisão, ele não reage ao mercado, ele se antecipa. E como explica Aldo Vendramin, o produtor e investidor que faz suas estratégias a partir de um mercado e do entendimento dessa volatilidade cria uma produção de sucesso.
O mercado interno e o poder do consumo local
Apesar da forte vocação exportadora, o mercado interno ainda é um dos pilares do agronegócio brasileiro. O crescimento populacional e o aumento do consumo de alimentos processados ampliam a demanda doméstica e fortalecem pequenas e médias propriedades.
O desafio está em equilibrar os preços: quando o valor das commodities sobe no mercado externo, produtos básicos podem se tornar mais caros para o consumidor nacional. Nesse cenário, políticas públicas e programas de incentivo ao produtor familiar se tornam essenciais para garantir abastecimento e estabilidade econômica.
Aldo Vendramin destaca que o fortalecimento do consumo interno é uma estratégia de soberania alimentar. Um mercado doméstico forte protege o país de crises externas e mantém o campo ativo, mesmo em períodos de baixa internacional.
Exportações e oportunidades globais
O agronegócio brasileiro é responsável por cerca de 25% do PIB nacional e exporta para mais de 200 países. Essa presença global consolida o Brasil como um dos principais fornecedores de alimentos e energia do planeta, expõe o empresário Aldo Vendramin.
Mas o sucesso no comércio internacional exige planejamento logístico, rastreabilidade e sustentabilidade, requisitos cada vez mais exigidos pelos importadores. Os selos ambientais e a conformidade com práticas ESG (Environmental, Social and Governance) já são diferenciais competitivos no mercado global.
A sustentabilidade deixou de ser um valor opcional e passou a ser uma exigência comercial, pois isso, produtores que investem em certificações, redução de emissões e uso de bioinsumos ganham acesso a mercados mais exigentes e rentáveis.
A importância da gestão financeira e da diversificação
Diante da volatilidade dos preços, o produtor precisa adotar ferramentas de gestão de risco e diversificação de portfólio. Técnicas como hedge, contratos futuros e cooperativismo ajudam a reduzir impactos de variações abruptas. Além disso, o uso de inteligência de mercado e plataformas digitais de análise de dados permite acompanhar tendências em tempo real e planejar decisões com base em indicadores sólidos.
Essas práticas, conforme evidencia Aldo Vendramin, são o novo padrão da gestão rural moderna, um modelo onde o conhecimento vale tanto quanto a terra. O futuro das commodities agrícolas brasileiras será definido pela capacidade do país de unir inovação, sustentabilidade e estratégia. Mais do que produzir, o agro precisa aprender a negociar com inteligência, explorando oportunidades internas e externas com equilíbrio.
Quem entende o mercado, domina o tempo, e quem domina o tempo, garante o futuro no mercado e nas vendas. Com visão global e gestão local, o produtor brasileiro se torna protagonista de uma nova era de competitividade e prosperidade no campo.
Autor: Antomines Tok
